sábado, 15 de julho de 2017

meio céu

e seu meio céu em leao era como um indio dessa vez um indio da amazônia deitado segurando o arco enorme descrevendo uma espécie de elipse,  aqueles arcos enormes e a posição deitada convexa ao chão para caçar pássaros enormes e pré - históricos; como um indio pois o meio céu apontava para o zênite do mapa astral;  seus ancestrais hypollite blanchard e blanche haas e irineo ortiz e vovó didoca, sua descendente pi  blanchard e a  árvore genealógica subia até felipe camarão e vercingétorix ; os bárbaros gauleses que haviam defendido a gália dos romanos e a poção mágica alucinógena que bebiam os deixava mais fortes para enfrentar os adversários dos quais terminariam por adotar o dialeto latino, franco , francês.

e a arte é como roubar um banco só que se ganha mais dinheiro e se roubam idéias dos céus das rádios dos anjos sintonizadas por antenas particulares aos artistas e desenvolvidas segundo trabalhos,  os trabalhos e os dias:  1 0000000000000000000000 de palavras lidas e uma escrita; assim era o trabalho  assim eram os trabalhos e os dias, e o artista um bandido que preferia meios reconhecidos como úteis, úteis ?? à sociedade, às vezes roubavam de mecenas, às vezes simplesmente praticavam o crime , o crime ideológico de escrever ou compor, cometiam o crime de desferir golpes sobre o papel ou o quadro , cravar a caneta e o pincel como punhal fálico e penetravam a carne branca e pálida quase translúcida do papel.

o papel com suas curvas femininas e cálidas e sensualmente voluptuosas, mármore marfim , alva pureza sem excessos.


Etienne Blanchard


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