terça-feira, 11 de julho de 2017

o homem artificial

certa vez ele construiu um homem todo feito de fibra e tecidos artificiais cabelos feitos de lã agradável ao tocar e pele atraente . esse andróide tinha de fazer todas as coisas chatas ir ao banco pagar contas fazer provas etc etc. a ele ,o inventor, só lhe restavam as coisas aprazíveis como ler caminhar escutar e tocar música fazer teatro e cinema e tv comer e beber, surfar, fazer amor, viajar, pintar.

o andróide tinha uma pilha no lado esquerdo do peito que devia durar mais ou menos 90 anos,  se a pilha estivesse boa e performasse mais talvez durasse até 100, 110 anos.

então todos os dias ele dizia ao andróide que ficava num armário e não precisava dormir, vá até a padaria compre 10 pães franceses e café, não precisava dizer nem obrigado nem por favor o robô era programado a obedecer. vá até o supermercado , pague tal conta, enquanto ele ficava absorvendo arte criando ou ia passear etc

ao completar 90 anos o homem já havia dado ao robô seu testamento no qual deixava um milhão de euros para cada filho e a máquina substituía com vantagens um advogado.

imediatamente após a morte do homem , o robô reuniu os filhos e as ex-companheiras e disse : aqui está o testamento : o homem deixou tudo para mim , está confirmado em cartório, e me fez colocar uma pilha sobressalente de 100 anos , para vocês não deixou nada todo dinheiro e propriedades e direitos autorais do artista -inventor são meus.

o vento soprava lá fora agradavelmente, e os rostos perplexos e embasbacados dos herdeiros naturais não conseguiam fechar suas bocas em estupefação e descrença quando o robõ saiu da sala acompanhado de 3 mulheres maravilhosas, altas e loiras de estilo escandinavo.




Etienne Blanchard



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