terça-feira, 6 de junho de 2017

texto de osana---esse txto n eh emu so revisei

retrouve exempté des peculiarités médicales, il éxistait une manipulation

bourgeoise quil'éxcluisait dans les tribunaux, prenaient des décisons, jugeaient

et exécutaient selon ses normes.

Pour l'église la misère était un mur qui s'opposait à l'ordre. Donc c'est antérieur

à la raison, parce que la folie genère déviation morale et postérieurement se

transforme en maladie mentale, selon la culture locale.

Ce qui affirmé dans ce travail est l'origine et les informations qui servent de

réference pour la Renaissance dans le siècle XVII.

mots clés : lépreux, éxclusion, nef des fous, hôpital général, cogito ergo sum.

AGRADECIMENTOS

Ao Profº Dr. Bruni , por sua dedicação,paciência e colaboração no decorrer

desta pesquisa, sempre apresentando observações importantes em seus

comentários.

Ao Prof º Dr. Franklin, por compartilhar comigo seus conhecimentos.

Ao Prof º Sapatero, pela colaboração extremada, na fase inicial deste curso.

Sou grata, ao Mosteiro de São Bento, por ter aberto à minha mente para o caminho

do saber e ter me dado várias oportunidades de poder ter elevado meus pensamentos

a um nível, crítico social e político

Extremamente grata ao meu orientador José Carlos Bruni que me deu o privilégio de

assistir e participar das aulas em grupo e doutorado.

Quero agradecer, à minha mãe que por várias vezes passou horas sem dormir

esperando que eu terminasse os estudos para ir dormir e dando suporte doméstico,

driblando á sua maneira, a crise econômica e familiar.

Aos meus irmãos que durante as horas de estudo, lembravam que deveriam ficar em

silêncio, nas horas em que precisei estudar.

Aos meus colegas de trabalho, que me cercam com palavras de ânimo, quando sinto

que preciso lutar com afinco e superar os desafios da vida. Agradeço por participar

das rodas de leitura e mediação, contação de histórias e textos da literatura

brasileira.

A VIDA DE MICHEL FOUCAULT.

Este estudo realiza um levantamento do conjunto da obra de Michel

Foucault, e indica aonde se encontram as obras e o acervo que retrata seu

pensamento. A relevância do trabalho de Michel Foucault nas universidades no

Brasil e no Mundo.

Motivo de pesquisa para professores e estudantes devido à inovação

que o filósofo conseguiu estabelecer no meio acadêmico. Este trabalho vai

pontuar, nas universidades a trajetória pela qual o filósofo passou e identificar

os trabalhos produzidos, tais como: artigos, periódicos, documentários,

palestras e entrevistas. O conjunto da obra de Michel Foucault indicará a

localização dos acervos, livrarias e universidades que registram seu

pensamento e trabalho no mundo.

O tema é relevante por se tratar de um filósofo renomado, nascido em

1926, em Poitiers, numa cidade provinciana, vindo a falecer na cidade de Paris

em 1984. Filho de cirurgião e professor de anatomia, Michel Foucault aprendeu

com os jesuítas, pode se dizer que foi uma obra do acaso. A escola

frequentada por Foucault quando ainda não tinha idade, chamava-se Liceu

Henri IV. Uma instituição que recebia crianças ainda pequenas. O prédio,

antiquíssimo pertenceu a uma Congregação. Sua forma era imponente, parecia

uma abadia. Foi a primeira vez que Michel Foucault pisa no estabelecimento,

sem idade suficiente para matricular-se. Porém seus pais não querem separá-

lo da irmã, onde aproveita para aprender a escrever, a ler e praticar a leitura.

Foucault fez o infantil e o primário nesta escola em 1936.

No liceu, classe do secundário, obtém notas baixas e transfere-se para o

Saint Stanislas. Foucault tinha dificuldades em matemática, porém era notável

na área de idiomas. Latim, grego, e história que só lhe davam notas de

excelência. Um dia Michel Foucault desabafa com seu amigo de classe, que

costumava obter as melhores notas: o professor de Francês não tem a menor

simpatia por estudantes da burguesia, os considera desprezíveis. Estas

palavras lhe perturbaram e sentiu que o chão lhe fogia aos pés, principalmente

com a queda de suas notas. Percebendo que já era hora de mudança, sua

mãe o colocou no colégjio Saint Joseh muito melhor colocado entre os colégios

de Poitiers.

Estudante dedicado, Foucault acompanha os fatos e acontecimentos

que marcaram o mundo e nossa civilização durante a Segunda Guerra

Mundial, o que o fez se interessar ainda mais pelas Ciências Humanas.

Neste ínterim, morando em Paris, Foulcault estuda filosofia e psicologia.

Tempos turbulentos, onde tenta o suicídio algumas vezes, por volta dos

seus 22 anos de idade, sendo taxado de louco pelo seu pai.

Ao receber o certificado em Filosofia na Sorbonne, passou alguns anos

numa área de prisioneiros na Alemanha e participa do Partido Comunista. Em

um mil novecentos e quarenta e nove, Maurice Merleau Ponty, foi nomeado o

mestre de psicologia na Sorbonne e realiza um de seus célebres cursos

discutindo ciências do homem e fenomenologia, levando Foucault a opor-se

ao estruturalismo.

Atua vários anos como uma espécie de embaixador cultural da França e

quando retorna ao seu país publica seu primeiro grande livro: A História da

Loucura. Durante o período 1960 e 1966 leciona na Universidade de Clermont-

Ferrand ; ele produz duas publicações mais significativas: O Nascimento da

Clínica e As Palavras e as Coisas, com grande influencia do estruturalismo, um

movimento teórico na antropologia social, do qual ele distanciou-se mais tarde.

Anos mais tarde Foucault viria a denominar-se um arqueólogo, dada a

sua vasta pesquisa dotada de uma técnica historiográfica.

Em 1965, o filósofo esteve no Brasil para realizar uma conferência a

convite de um aluno, Gerard Lebrun.

Foucault é um grande ativista político, engajando-se em favor de

movimentos sociais, durante a década de sessenta: a luta antimanicomial

deriva de sua experiencia em um hospital psiquiátrico. É desta fase um de seus

trabalhos mais importantes e de grande impacto nos meios acadêmicos ainda

hoje: História da loucura na idade clássica.

Sua tese de doutorado na Sorbonne, “História da Loucura na Idade

Clássica”, foi o livro que o consolidou na área de filosofia. Publicado em 1961,

o livro abordou as razões que levaram à marginalização, nos séculos XVII e

XVIII, daqueles que eram considerados desprovidos da capacidade de agir e

interagir com o ambiente e a sociedade como um todo, alienados, ou seja,

analisou o desprezo que recebiam das pessoas, aqueles que tinham problemas

mentais.

Foucault, diante de exaustiva pesquisa, analisando tratados, escritos e

obras de arte do Séc XV, analisa a forma como o mundo, a sociedade trata de

seus alienados, os loucos, aqueles de comportamento díspar e antagônico às

normas vigentes.

Com um histórico de tratamentos dos leprosos, vemos surgir no séc XV

uma forma de exclusão, segregacional no tratamento das pessoas que eram

loucas, ou consideradas nocivas a sociedade. Abandoná-las reclusas em

instituições que outrora abrigava os leprosos, em uma sociedade em ebulição e

de constantes mudanças, que era a Europa no inicio da Idade Média já não era

suficiente.

Surge então a Nau dos Loucos, Stultifera Navis, uma barca onde os

seres dotados de desvios mental e social eram relegados à própria sorte, a

vagar de porto em porto, ora subindo, ora descendo o canal, execrados,

odiados e temidos, os loucos apinhavam-se nestas nefastas embarcações.

Sem destino, a vagar por sobre as águas, signo de purificação e limpeza, a

mesma água os levava, trazia, mantendo-os em uma aura de incerteza, de

constante movimento e inconstância, estado este tão semelhantes a suas

mentes doentias: inconstantes, dispersas, alienadas, sempre à deriva.

Das revoltas nos presídios franceses (junto com Gilles Deleuze criou o

GIP – Grupo de Informação sobre as Prisões, que buscava dar voz aos presos

e às outras pessoas diretamente envolvidas no sistema prisional; com base

nessa experiência escreveu Vigiar e Punir); e participa ativamento do

movimento gay (uma das motivações para sua História da Sexualidade).

O pensador francês também escreveu artigos para jornais e revistas no

calor da hora sobre acontecimentos importantes, deu conferências e

entrevistas em diversos países, inclusive no Brasil.

Inquieto, perspicaz, de mente libertária e contumaz, é considerado uma

ameaça e influencia as mentes do Brasil no auge da ditadura.

Coincide um ciclo de palestras na USP, Universidade de São Paulo,

ministradas por Foucault, com o assassinato por agentes do DOPS, do

escritor, jornalista e dramaturgo Wladimir Herzog, no ano de 1975. Em pleno

regime ditatorial no Brasil, Foucault participa de uma ato ecumênico na

Catedral da Sé, promovido pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o rabino

Henry Sobel, dentre outras representações religiosas, em memória a Wladimir

Herzog. Após este fato, Foucault é convidado a deixar o país.

Voltando para a década de 50, o filósofo via a si mesmo como um

“intelectual específico”, aquele que em domínios precisos contribui para

determinadas lutas em curso no presente. Parafraseando Deleuze,  Foucault foi

o primeiro a ensinar a indignidade de falar pelos outros.

Em fevereiro do ano de mil novecentos e cinquenta Foucault está

insatisfeito com o exército e seu estado físico não é dos melhores. Alguns

meses, depois recebe o certificado em psicologia. Foucault versa sobre

estudos de Hegel, com a orientação de Jean Hyppolite.

Em  mil novecentos e cinquenta, filia-se ao Partido Comunista. O

conflito na Indochina foi fundamental para sua indiscutível resolução. Foucault

não comenta em suas entrevistas sua decisão, não se sente bem com a tensão

causada pelo PCF (Partido Comunista Francês), sobre a vida individual de

Althusser, para que force o rompimento com sua esposa, Heléne Legotien..

No dia dezessete de junho, Althusser expõe os fatos de auto suícidio no

ambiente da Escola Normal num período de dezoito meses, no intervalo de

1952 a 1955. Indeciso em optar pela psicanálise Foucault consulta o Dr Gallot.

Em vinte e quatro de junho Foucault recebe a notícia que não será possível

assumir um cargo na Sorbonne devido a sua orientação política, assim se

supõe.

A intolerância aos comunistas, antecipa a presença de Foucault perto de

Althusser. Durante o verão estuda Plotino, argumenta sobre assuntos

desenvolvidos na União Soviética expostos em La Nouvelle Critique.

La Nouvelle Critique acusa Hyppolite e declara a volta de Hegel na

revisão universitária. Escreve textos para alunos comunistas e os vende com o

título de L’humanite.

Em 1951, Foucault pensa em se afastar da França e adquirir novos

conhecimentos. Em junho resolve inscrever-se na Fundação Thiers com o

objetivo de ser conhecido como pesquisador sem ser necessário ficar alguns

anos cumprindo horário de ensino. Em agosto é aceito como professsor de

filosofia e trabalha em um assunto diferenciado: ”a sexualidade” proposta por

Canguilhem. Nesta época confessa a um amigo que deixou o comunismo.

Ao tornar-se mestre em psicologia na Escola Normal suas aulas acabam

sendo disputadíssimas. Na fundação Thiers inicia sua tese cartesiana e origem

da psicologia. Fascinado por Malebranche e Maine de Biran. Em  mil

novecentos e cinquenta e dois, inicia relação forte com Jean Barraqué (1928-

1973). Foucault sentia-se constrangido por Barraqué pois, solicitado sobre o

universo da música, sentiu-se um ignorante nesse universo que desconhecia.

No mês de junho vai ao Instituto de Psicologia em Paris receber seu

certificado de psicopatologia.

O partido comunista Francês encomenda a Foucault um estudo sobre

Descartes. A falta de publicação e reconhecimento foi tomado como uma

ofensa pelo autor.

Em mil novecentos e cinquenta e três divide com Barraqué seu

prazer pela leitura: Nietzsche, Beethoven e um bom vinho. Em junho Foucault

vai a Suíça visitar Biswanger. Biswanger, insere a análise do Ser de Heidegger

na psicanálise e na psiquiatria. Na companhia de Holand Kuhn assistem a festa

de carnaval dos loucos.

Recebe o seu certificado no Instituto de Psicologia. Em julho o álcool lhe

incomoda e sente-se sózinho. Algumas semanas depois é recolocado como

mestre auxiliar de filosofia na Escola Normal ficando sem tempo para suas

pesquisas.

Foucault chegou ao pensamento Nietzscheano acessando Bataille, e

Bataille, por sua vez, lendo Blanchot. Anos mais tarde confessa que foi influenciado por

Heidegger.

Em outubro Foucault, divulga curso sobre o conhecimento do homem e

reflexão transcendental, com direito á exposição sobre Nietzsche.

No mês de abril de  mil novecentos e  cinquenta e quatro, é lançado

Doença Mental e Psicologia encomendado por Althusser com o objetivo de

leitura para estudantes. Como mestre de filosofia na Escola Normal escreve

artigo sobre psicologia científica.

Aterrorizado pelo álcool, deseja muito se afastar do ambiente em que

vive, sente que precisa mudar. Foucault está insatisfeito com seu

comportamento e pretende afastar-se da França, de Barraqué, e de sua

formação.

No rascunho do verso de Doença Mental e Psicologia escreve as

seguintes palavras: Existem três experiências vizinhas: o sonho, a embriaguez

e a insensatez e adiciono ”todas as propriedades” apolíneas em L’ origine de la

Tragedie .

Termina a batalha na Indochina. Três meses depois abre um curso de

“Fenomenologia e Psicologia”.

O historiador Dumézil indica Foucault como Diretor da Maison de

France. Um cargo disputado intelectualmente.

Em  mil novecentos e cinquenta e cinco, Foucault destaca-se na

Educação Nacional, com temas estrangeiros. O posto de administrador de

relações culturais é de grande valor para a sociedade francesa. Foucault, adora

coordenar políticas culturais. A Maison de France valorizou-se com uma

presença continua na casa: Jean Cheristophe Oberg. Sua influência deu ínicio

a negociações entre EUA, URSS e Suécia.

Mil novecentos e cinquenta e seis : Foucault, envolve-se com a

biblioteca universitária de Upsala e abre curso sobre o Teatro Francês.

Foucault tem sede de conhecimento e mantém no seu ambiente de amizades

intelectuais do tempo de Faculdade e o historiador Dumézil por um longo

período de sua vida. É frequentador de laboratórios científicos e trabalha com

textos ligados a neuropsiquiatria.

Mil novecentos e cinquenta e sete : seu trabalho sobre a História da

Psiquiatria torna-se a História da Loucura e acaba sendo recusado pelo

professor Lindroth. Abre um curso se Literatura Francesa de Chateaubriand e

pensa em deixar Frankfurt.

Em Paris dedica-se aos arquivos nacionais e a biblioteca do Arsenal.

Jean Hyppolite faz a leitura da Loucura e Desrazão e o previne de que seria

melhor transformar o tema em tese, e submeter-se a Canguilhem

Mil novecentos e cinquenta e oito : Foucault pensa em morar em

Hamburgo. Em 30 de maio volta a Paris, para presenciar os movimentos

políticos.

Foucault tem por responsabilidade abrir o Centro de Civilização

Francesa. hospedado no hotel Bristol escreve Loucura e Desrazão.

O comandante De Gaulle estende a política e  a diplomacia francesa na

Polônia que foi agregada militarmente no período de mil novecentos e

trinta.

Um grupo segue o embaixador Etienne Burin des Roziers, colega

próximo ao comandante. Foucault é o sucessor de Burin de Roziers no

Conselho cultural. Em dezembro envia um rascunho da Loucura e Desrazão,

de espessura considerável, para o temível Canguilhem, que permite: “Não faça

nenhuma alteração, é uma tese”

Em  mil novecentos e ciquenta e nove, existe uma reciprocidade

entre Durin Des Roziers e Foucault que desenvolve ligações entre De Gaulle e

as instituições com a Argélia, são convicções diversas que se distinguem da

oposição francesa e se espalham pelas ruas: ”O fascismo não passará”.

Ocorre o falecimento do Dr. Paul Foucault no mês de setembro. No dia

1º do mês de outubro e parte para a Alemanha, deixa Varsóvia

para administrar o Instituto Francês de Hamburgo.,

Em  mil novecentos e sessenta, escreve outra tese: Gênero e

Estrutura da Antropologia de Kant e traduz a Antropologia do Pragmatismo. Em

fevereiro, escreve Loucura e Desrazão já finalizando a obra. No mês de abril

Georges Canguilhem propõe a Jules Vuillemin, gerente da área de filosofia da

Academia Clermont-Ferrand, que indica-o mestre da congresso da Psicologia.

O que antecipa o lançamento da Loucura e Desrazão. Brice Parain, não aceita

o rascunho de Foucault. Philipe Aries na História dos Filhos e de sua Família

ou século XVIII transforma a Historiografia Francesa e aceita a coleção

”civilização e mentalidade, na edição Plon, com este título: Loucura e

Desrazão. História da loucura na Idade Clássica é lançado em maio de 1961.

Em outubro, na Universidade de Clermont-Ferrand, instala-se e conhece

Daniel Defert, que obteve o direito de entrar na Escola Normal Superior de

Saint Cloud, será seu companheiro até seu falecimento.

Foucault, começa uma vida peculiar na Academia Francesa, vivendo em

Paris e ensinando na província.

Em  mil novecentos e sessenta e um, Foucault tem um período de

registros na Bibliolteca Nacional, onde era possível vê-lo trabalhando

diariamente.

No dia 20 de maio faz a apresentação de suas teses na Sorbonne:

Loucura e Desrazão.

A história da Loucura na Idade Clássica, tema fundamental narrado por

G. Canguilhem e D. Lagache, aclamada por historiadores como Robert

Mandrou e Fernand Braudel, colaboração essencial para a história das

mentalidades.

Maurice Blanchot relata: “Um livro de constantes repetições, quase

absurdo tema de doutorado, livro que causa impacto entre a academia e a

desrazão.

É designado como avaliador de concurso na academia onde Jean

Hyppolite, exerce a função de administrador.

Foucault batiza uma coleção radiofônica da France-Culture ( rádio ) a respeito de

“História da Loucura e Literatura, e prossegue até  mil novecentos e

sessenta e três. Entrevistado pelo jornal Le Monde, a descrição feita pelo jornal

é de Gênio do século. Em novembro redige e finaliza, o tema “O nascimento da

Clínica e conclui com a História da Loucura. No ano de mil novecentos e

sessenta e dois escreve Loucura e Cultura e faz um resumo da História da

Loucura, uma reflexologia.

Em fevereiro é apresentado a Gilles Deleuze, que faz o lançamento de

Nietzsche e a filosofia. No dia dezoito de março encerra-se o combate na

Argélia. Sade e Bicha, modernos estrangeiros e similares deixaram como

característica no homem do ocidente a morte e sexualidade. São empíricas e

desviam-se do óbvio e carregam o poder de discutir numa cultura moderna o

aprofundamento do saber que mostraria o Homo Natura.

A obra traduzida de Husserl L’ origine de La geometrie, com exposição

de J. Derrida, tornou-se um pensamento de conhecimento parisiense.

Foucault, organizou o texto no período de  mil novecentos e

cinquenta, fala da “importância desse texto tão decepcionante”, que deve

enraizar o conceito de arqueologia.

Escolhido mestre de psicologia na Academia de Clermond-Ferrand,

acaba sucedendo Jules Vuillemin na chefia da area de filosofia e na troca do

Collège de France, a Maurice Mearleau Ponty, que inesperadamente morre no

dia três de maio de  mil novecentos e sessenta e um.

No mês de setembro sujeita o rascunho do nascimento da clínica ao

crivo de Althusser.

Mil novecentos e sessenta e três Roland Barthes e Michel Deguy

entram para um grupo de reflexões críticas para revista. De acordo com Jean

Piel, quem organizava a Revista era o cunhado de G. Bataille. A consolidação

de Foucault na revista ocorreu após a distribuição do livro: “As palavras e as

coisas” interrompido nos anos setenta.

Em uma palestra de quatro de março J. Derrida faz críticas às

Meditações de Descartes na História da loucura. O totalitarismo estruturalista

acusado por Derrida acerta Foucault, que tem por objetivo pensar a

arqueologia e o estruturalismo no modo como se diferem.

É feita a proposta do diretor do Instituto Francês de Tóquio, que

esperava há anos. No mês de outubro desiste de morar em Tóquio, para ficar ao

lado de Daniel Defert, que se empenha para ser mestre de filosofia. Foucault

coloca de lado a História da Loucura e investe na História da Psiquiatria Penal

e inicia um livro sobre “os signos”. O trabalho duro rompe com suas relações

sociais cotidianas.

No mês de novembro em um congresso em Lisboa, Foucault contempla

a arte de Bosch: A tentação de Santo Antão na Espanha. Daniel Defert

encontra-se longe de Foucault, pois suas obrigação militar os impede de

ficarem juntos. É lançado “Nos halls da estação de trem” um resumo da

História da Loucura, feita em coleção de bolso. Os intelectuais ficaram divididos

em relação a erudição a baixo preço. Uma edição que alcançou altos números

de vendagens e acabou sendo recusada pelo editor, Foucault interrompe seu

trabalho com a Plon. No dia dezoito de outubro Foucault realiza um curso com

o tema sexualidade. Entitulado mestre principal de aulas públicas nas

universidades de Saint Louis em Bruxelas, faz congresso sobre o tema

“Linguagem e Literatura”.

Passa um período na Tunísia. O livro redigido com o tema dos signos é

finalizado.

No ano de  mil novecentos e sessenta e cinco, Foucault participa das

discussões sobre o tema de filosofia dirigido para radiotelevisão visando o

público de estudantes. Indicado para uma junta de reforma acadêmica

consolidada por Cristian Fochet.

Foucault angustia-se com o esboço de várias academias que são

diversificadas e totalmente sem recurso. O preparo de um esboço que discute,

essas academias, e de um modo complementar nessas regiões, indica o

Eliseu, lugar que Étienne Burin des Roziers foi reconduzido a secretário-geral.

Espalha-se a notícia de que Foucault será o sub-diretor das academias de

ciências humanas. Em quatro de abril escreve a “ Teoria Geral da Arqueologia”.

Uma apresentação que poderia ser feita no Collège de France em oposição ao

nome do Historiador G. Duby.

G. Canguilhem está admirado com o rascunho do “livro dos Signos",

corre a notícia que a falta de informações sobre sua vida particular é motivo de

causa e desistência pela direção acadêmica e falta de indicação para o cargo

superior.

Afetado com as indisposições criadas e opostas a sua indicação

Foucault viaja para Estocolmo. Apresenta-se para o cargo de psicólogo na

Sorbonne e renega perceber um ambiente descontrolado e hostil.

No mês de outubro é convidado por alunos para vir ao Brasil conhecer a

Universidade de São Paulo.

Mil novecentos e sessenta e seis divide com G. Deleuze o

comprometimento da edição francesa do livro ”As obras completas de

Nietzsche' fundamentadas por Colli e Montinari.

É distribuído “As palavras e as coisas; um método das ciências

humanas'. Foucault entrou em contato com Derrida e Althusser

Sua obra “Vigiar e Punir” é um estudo sobre a disciplina na sociedade

moderna que, para ele, é “uma técnica de produção de corpos dóceis”.

O filósofo acreditava que a prisão era uma forma de controle e

dominação da burguesia, que era usada para fragilizar os meios de cooperação

e solidariedade do proletariado. Criticava, ainda, a psiquiatria e a psicanálise

que, para ele, eram instrumentos de controle e dominação de ideologias.

Em uma entrevista afirma: quem tem um trabalho político a ser feito, não

importa se o comando é do leste ou do oeste passam seus produtos sob a

bandeira do humanismo.

Foucault, tem nova residência na Tunísia, lugar que oferecem a cadeira

de Filosofia. A intensidade de seu sucesso acaba afetando seu trabalho. Em

outubro foi desligado da academia para se manter por um período na Tunísia.

Mil novecentos e sessenta e sete, Foucault é um sucesso no meio

universitário, as classes estão sempre lotadas, esperando por ensinamentos do

mestre.

É distribuído a “História da Loucura”, escrita por David Cooper “Estudos

do Existêncialismo e Fenomenologia” uma série de R. D. Laing, que fora

dedicado a Biswanger. Uma publicação que obteve como conteúdo um artigo

de Lanig: "Sanidade e Doença -A invenção da doença”.

Nos países ingleses a História da Loucura, gira em direção da bandeira da

antipsiquiatria na Inglaterra.

Sempre requisitado e tolerando divergências na Sorbonne. Foucault

demonstra interesse em candidatar-se para a academia de Nanterre, onde é

eleito para a cátedra de psicologia. Doravante é indicado como avaliador na

Escola de Administração. Em junho ocorrem protestos em oposição à missão

diplomática dos E.U.A na Tunísia, por causa do Combate dos Seis Dias e em

oposição de símbolos.

Estudantes conscientes de sua cidadania aceitam Foucault,e observam

junções ligadas aos “sinocastristas”. O chefe de governo Borguiba é rápido em

instalar grampos na casa de Foucault.

Mil novecentos e sessenta e oito, estudantes protestam na Tunísia

para que aja liberdade de seus colegas. A polícia prendeu seus líderes.

Mil novecentos e setenta :  é convidado pelos nova yorquinos para a

coordenação de estudos franceses na América do Norte. Ministra palestras sobre

Sade. Entra em contato com Olga Benol, que coordena a area de literatura

francesa, onde descreverá Deleuze. Dia dois de dezembro, Foucault inaugura
'
uma cátedra no Collège de France e após o seu discurso de apresentação: A

ordem do discurso"  ministra aula sobre o Poder.

Mil novecentos e setenta e um : muda-se para Cartago e informa que

desenvolveu um grupo sobre prisioneiros no qual oferece sua residência como

localização. Daniel Defert reúne a esquerda proletária para verificar os

acontecimentos que dizem respeito ao ciclo penitenciário. Foucault concorda

com as operações realizadas.

Primeiro de maio:  Foucault é denominado pela polícia como um agitador

e sofre agressão. Dia vinte, convida colegas da Tunísia para palestra no clube

chamado Tahas Hadad. Impõe suas idéias junto as autoridades, mas não foi

bem sucedido na ação.

Dia vinte e nove, um jornalista é acusado de ferir e atingir um policial.

Foucault pede a uma comissão que averigue os fatos. As consequências das

apurações são colocadas diante da imprensa.

Em agosto Foucault estuda a história do judiciário e faz leitura do jornal

Du Valiur. No dia dez, Foucault é comunicado que dois policiais agiram com

agressividade na Jordânia. Afrontado pelos manifestantes, Foucault entra em

contato com o defensor de adversários políticos iraniano.

É no ano de  mil novecentos e oitenta e um que Foucault versa sobre

“A hermenêutica do sujeito”.

O ponto a ser explorado pode ser encontrado nos livros de Platão, com o

personagem Alcebíades. São perguntas atuais que colocam como tema o

cuidado de si, a política, a pedagogia e o conhecimento de si. Logo, Foucault

difere dos argumentos de Sócrates a Alcebíades com textos antigos de moral

estóica. Mil novecentos e setenta e um, os manifestantes de famílias

detentas protestam contra a represália. Foucault pesquisa ações violentas que

se diferenciam dos modelos de agitação entre jovens e idosos. Dia vinte e

nove, é assinado um acordo entre Foucault e Jean Marie, pela instituição de

defesa dos direitos dos detentos.

Mil novecentos e setenta e cinco, Foucault retoma o Seminário e

reduz investigadores sobre experiência de medicina legal na psiquiatria. Fala

sobre o tema periculosidade e trabalha com os arquivos de Charcot. No mês

de maio viaja a Califórnia a convite de Leo Bersoni, para assumir a

coordenação de literatura Francesa em Berkeley. Sobre “Discurso e

Repressão” e ”A sexualidade infantil antes de Freud”.

Dia doze, Foucault é convidado a falar sobre a mudança do código penal

e seus artigos referindo-se à sexualidade. Torna-se um militante ativo de

caminhadas de reflexão no Sindicato de Magistratura.

Abril de  mil novecentos e setenta e oito, é coordenada uma

temporada para o conselho Cultural Francês. Thierry de Beaucé realiza

palestras na universidade de Artes em Tóquio tratando sobre o tema

"Sexualidade e Poder”.

Em mil novecentos e oitenta lança o curso com o tema “O Governo dos

Vivos” alterando a reflexão da verdade. Em mil novecentos e oitenta e um

convida para dar uma palestra no Collège de France, Fernando Henrique

Cardoso da Universidade de São Paulo, apresentando ”A emergência e

sociedades novas no terceiro mundo”.

Em mil novecentos e oitenta e dois, lança o curso com o tema “A

hermenêutica do sujeito”. Em julho supõe deixar o College de France e

apresentar seminários que faziam parte de seu dia a dia. A sinusite o ataca

constantemente. Dia nove de agosto, Foucault costumava frequentar um

restaurante judeu como forma de combater a fobia.

Em mil novecentos e oitenta e três, no mês de julho um dos

representantes do governo francês apresenta  Foucault aos conflitos sociais e

do governo. O interesse esta em aproximar Foucault e o presidente.

Em  mil novecentos e oitenta e quatro, morre Michel Foucault no mês

de junho. O mundo sente-se órfão de seu conhecimento e livros que não serão mais

escritos.

“ Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de

modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles

trazem consigo.“

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