retrouve exempté des peculiarités médicales, il éxistait une manipulation
bourgeoise quil'éxcluisait dans les tribunaux, prenaient des décisons, jugeaient
et exécutaient selon ses normes.
Pour l'église la misère était un mur qui s'opposait à l'ordre. Donc c'est antérieur
à la raison, parce que la folie genère déviation morale et postérieurement se
transforme en maladie mentale, selon la culture locale.
Ce qui affirmé dans ce travail est l'origine et les informations qui servent de
réference pour la Renaissance dans le siècle XVII.
mots clés : lépreux, éxclusion, nef des fous, hôpital général, cogito ergo sum.
AGRADECIMENTOS
Ao Profº Dr. Bruni , por sua dedicação,paciência e colaboração no decorrer
desta pesquisa, sempre apresentando observações importantes em seus
comentários.
Ao Prof º Dr. Franklin, por compartilhar comigo seus conhecimentos.
Ao Prof º Sapatero, pela colaboração extremada, na fase inicial deste curso.
Sou grata, ao Mosteiro de São Bento, por ter aberto à minha mente para o caminho
do saber e ter me dado várias oportunidades de poder ter elevado meus pensamentos
a um nível, crítico social e político
Extremamente grata ao meu orientador José Carlos Bruni que me deu o privilégio de
assistir e participar das aulas em grupo e doutorado.
Quero agradecer, à minha mãe que por várias vezes passou horas sem dormir
esperando que eu terminasse os estudos para ir dormir e dando suporte doméstico,
driblando á sua maneira, a crise econômica e familiar.
Aos meus irmãos que durante as horas de estudo, lembravam que deveriam ficar em
silêncio, nas horas em que precisei estudar.
Aos meus colegas de trabalho, que me cercam com palavras de ânimo, quando sinto
que preciso lutar com afinco e superar os desafios da vida. Agradeço por participar
das rodas de leitura e mediação, contação de histórias e textos da literatura
brasileira.
A VIDA DE MICHEL FOUCAULT.
Este estudo realiza um levantamento do conjunto da obra de Michel
Foucault, e indica aonde se encontram as obras e o acervo que retrata seu
pensamento. A relevância do trabalho de Michel Foucault nas universidades no
Brasil e no Mundo.
Motivo de pesquisa para professores e estudantes devido à inovação
que o filósofo conseguiu estabelecer no meio acadêmico. Este trabalho vai
pontuar, nas universidades a trajetória pela qual o filósofo passou e identificar
os trabalhos produzidos, tais como: artigos, periódicos, documentários,
palestras e entrevistas. O conjunto da obra de Michel Foucault indicará a
localização dos acervos, livrarias e universidades que registram seu
pensamento e trabalho no mundo.
O tema é relevante por se tratar de um filósofo renomado, nascido em
1926, em Poitiers, numa cidade provinciana, vindo a falecer na cidade de Paris
em 1984. Filho de cirurgião e professor de anatomia, Michel Foucault aprendeu
com os jesuítas, pode se dizer que foi uma obra do acaso. A escola
frequentada por Foucault quando ainda não tinha idade, chamava-se Liceu
Henri IV. Uma instituição que recebia crianças ainda pequenas. O prédio,
antiquíssimo pertenceu a uma Congregação. Sua forma era imponente, parecia
uma abadia. Foi a primeira vez que Michel Foucault pisa no estabelecimento,
sem idade suficiente para matricular-se. Porém seus pais não querem separá-
lo da irmã, onde aproveita para aprender a escrever, a ler e praticar a leitura.
Foucault fez o infantil e o primário nesta escola em 1936.
No liceu, classe do secundário, obtém notas baixas e transfere-se para o
Saint Stanislas. Foucault tinha dificuldades em matemática, porém era notável
na área de idiomas. Latim, grego, e história que só lhe davam notas de
excelência. Um dia Michel Foucault desabafa com seu amigo de classe, que
costumava obter as melhores notas: o professor de Francês não tem a menor
simpatia por estudantes da burguesia, os considera desprezíveis. Estas
palavras lhe perturbaram e sentiu que o chão lhe fogia aos pés, principalmente
com a queda de suas notas. Percebendo que já era hora de mudança, sua
mãe o colocou no colégjio Saint Joseh muito melhor colocado entre os colégios
de Poitiers.
Estudante dedicado, Foucault acompanha os fatos e acontecimentos
que marcaram o mundo e nossa civilização durante a Segunda Guerra
Mundial, o que o fez se interessar ainda mais pelas Ciências Humanas.
Neste ínterim, morando em Paris, Foulcault estuda filosofia e psicologia.
Tempos turbulentos, onde tenta o suicídio algumas vezes, por volta dos
seus 22 anos de idade, sendo taxado de louco pelo seu pai.
Ao receber o certificado em Filosofia na Sorbonne, passou alguns anos
numa área de prisioneiros na Alemanha e participa do Partido Comunista. Em
um mil novecentos e quarenta e nove, Maurice Merleau Ponty, foi nomeado o
mestre de psicologia na Sorbonne e realiza um de seus célebres cursos
discutindo ciências do homem e fenomenologia, levando Foucault a opor-se
ao estruturalismo.
Atua vários anos como uma espécie de embaixador cultural da França e
quando retorna ao seu país publica seu primeiro grande livro: A História da
Loucura. Durante o período 1960 e 1966 leciona na Universidade de Clermont-
Ferrand ; ele produz duas publicações mais significativas: O Nascimento da
Clínica e As Palavras e as Coisas, com grande influencia do estruturalismo, um
movimento teórico na antropologia social, do qual ele distanciou-se mais tarde.
Anos mais tarde Foucault viria a denominar-se um arqueólogo, dada a
sua vasta pesquisa dotada de uma técnica historiográfica.
Em 1965, o filósofo esteve no Brasil para realizar uma conferência a
convite de um aluno, Gerard Lebrun.
Foucault é um grande ativista político, engajando-se em favor de
movimentos sociais, durante a década de sessenta: a luta antimanicomial
deriva de sua experiencia em um hospital psiquiátrico. É desta fase um de seus
trabalhos mais importantes e de grande impacto nos meios acadêmicos ainda
hoje: História da loucura na idade clássica.
Sua tese de doutorado na Sorbonne, “História da Loucura na Idade
Clássica”, foi o livro que o consolidou na área de filosofia. Publicado em 1961,
o livro abordou as razões que levaram à marginalização, nos séculos XVII e
XVIII, daqueles que eram considerados desprovidos da capacidade de agir e
interagir com o ambiente e a sociedade como um todo, alienados, ou seja,
analisou o desprezo que recebiam das pessoas, aqueles que tinham problemas
mentais.
Foucault, diante de exaustiva pesquisa, analisando tratados, escritos e
obras de arte do Séc XV, analisa a forma como o mundo, a sociedade trata de
seus alienados, os loucos, aqueles de comportamento díspar e antagônico às
normas vigentes.
Com um histórico de tratamentos dos leprosos, vemos surgir no séc XV
uma forma de exclusão, segregacional no tratamento das pessoas que eram
loucas, ou consideradas nocivas a sociedade. Abandoná-las reclusas em
instituições que outrora abrigava os leprosos, em uma sociedade em ebulição e
de constantes mudanças, que era a Europa no inicio da Idade Média já não era
suficiente.
Surge então a Nau dos Loucos, Stultifera Navis, uma barca onde os
seres dotados de desvios mental e social eram relegados à própria sorte, a
vagar de porto em porto, ora subindo, ora descendo o canal, execrados,
odiados e temidos, os loucos apinhavam-se nestas nefastas embarcações.
Sem destino, a vagar por sobre as águas, signo de purificação e limpeza, a
mesma água os levava, trazia, mantendo-os em uma aura de incerteza, de
constante movimento e inconstância, estado este tão semelhantes a suas
mentes doentias: inconstantes, dispersas, alienadas, sempre à deriva.
Das revoltas nos presídios franceses (junto com Gilles Deleuze criou o
GIP – Grupo de Informação sobre as Prisões, que buscava dar voz aos presos
e às outras pessoas diretamente envolvidas no sistema prisional; com base
nessa experiência escreveu Vigiar e Punir); e participa ativamento do
movimento gay (uma das motivações para sua História da Sexualidade).
O pensador francês também escreveu artigos para jornais e revistas no
calor da hora sobre acontecimentos importantes, deu conferências e
entrevistas em diversos países, inclusive no Brasil.
Inquieto, perspicaz, de mente libertária e contumaz, é considerado uma
ameaça e influencia as mentes do Brasil no auge da ditadura.
Coincide um ciclo de palestras na USP, Universidade de São Paulo,
ministradas por Foucault, com o assassinato por agentes do DOPS, do
escritor, jornalista e dramaturgo Wladimir Herzog, no ano de 1975. Em pleno
regime ditatorial no Brasil, Foucault participa de uma ato ecumênico na
Catedral da Sé, promovido pelo cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e o rabino
Henry Sobel, dentre outras representações religiosas, em memória a Wladimir
Herzog. Após este fato, Foucault é convidado a deixar o país.
Voltando para a década de 50, o filósofo via a si mesmo como um
“intelectual específico”, aquele que em domínios precisos contribui para
determinadas lutas em curso no presente. Parafraseando Deleuze, Foucault foi
o primeiro a ensinar a indignidade de falar pelos outros.
Em fevereiro do ano de mil novecentos e cinquenta Foucault está
insatisfeito com o exército e seu estado físico não é dos melhores. Alguns
meses, depois recebe o certificado em psicologia. Foucault versa sobre
estudos de Hegel, com a orientação de Jean Hyppolite.
Em mil novecentos e cinquenta, filia-se ao Partido Comunista. O
conflito na Indochina foi fundamental para sua indiscutível resolução. Foucault
não comenta em suas entrevistas sua decisão, não se sente bem com a tensão
causada pelo PCF (Partido Comunista Francês), sobre a vida individual de
Althusser, para que force o rompimento com sua esposa, Heléne Legotien..
No dia dezessete de junho, Althusser expõe os fatos de auto suícidio no
ambiente da Escola Normal num período de dezoito meses, no intervalo de
1952 a 1955. Indeciso em optar pela psicanálise Foucault consulta o Dr Gallot.
Em vinte e quatro de junho Foucault recebe a notícia que não será possível
assumir um cargo na Sorbonne devido a sua orientação política, assim se
supõe.
A intolerância aos comunistas, antecipa a presença de Foucault perto de
Althusser. Durante o verão estuda Plotino, argumenta sobre assuntos
desenvolvidos na União Soviética expostos em La Nouvelle Critique.
La Nouvelle Critique acusa Hyppolite e declara a volta de Hegel na
revisão universitária. Escreve textos para alunos comunistas e os vende com o
título de L’humanite.
Em 1951, Foucault pensa em se afastar da França e adquirir novos
conhecimentos. Em junho resolve inscrever-se na Fundação Thiers com o
objetivo de ser conhecido como pesquisador sem ser necessário ficar alguns
anos cumprindo horário de ensino. Em agosto é aceito como professsor de
filosofia e trabalha em um assunto diferenciado: ”a sexualidade” proposta por
Canguilhem. Nesta época confessa a um amigo que deixou o comunismo.
Ao tornar-se mestre em psicologia na Escola Normal suas aulas acabam
sendo disputadíssimas. Na fundação Thiers inicia sua tese cartesiana e origem
da psicologia. Fascinado por Malebranche e Maine de Biran. Em mil
novecentos e cinquenta e dois, inicia relação forte com Jean Barraqué (1928-
1973). Foucault sentia-se constrangido por Barraqué pois, solicitado sobre o
universo da música, sentiu-se um ignorante nesse universo que desconhecia.
No mês de junho vai ao Instituto de Psicologia em Paris receber seu
certificado de psicopatologia.
O partido comunista Francês encomenda a Foucault um estudo sobre
Descartes. A falta de publicação e reconhecimento foi tomado como uma
ofensa pelo autor.
Em mil novecentos e cinquenta e três divide com Barraqué seu
prazer pela leitura: Nietzsche, Beethoven e um bom vinho. Em junho Foucault
vai a Suíça visitar Biswanger. Biswanger, insere a análise do Ser de Heidegger
na psicanálise e na psiquiatria. Na companhia de Holand Kuhn assistem a festa
de carnaval dos loucos.
Recebe o seu certificado no Instituto de Psicologia. Em julho o álcool lhe
incomoda e sente-se sózinho. Algumas semanas depois é recolocado como
mestre auxiliar de filosofia na Escola Normal ficando sem tempo para suas
pesquisas.
Foucault chegou ao pensamento Nietzscheano acessando Bataille, e
Bataille, por sua vez, lendo Blanchot. Anos mais tarde confessa que foi influenciado por
Heidegger.
Em outubro Foucault, divulga curso sobre o conhecimento do homem e
reflexão transcendental, com direito á exposição sobre Nietzsche.
No mês de abril de mil novecentos e cinquenta e quatro, é lançado
Doença Mental e Psicologia encomendado por Althusser com o objetivo de
leitura para estudantes. Como mestre de filosofia na Escola Normal escreve
artigo sobre psicologia científica.
Aterrorizado pelo álcool, deseja muito se afastar do ambiente em que
vive, sente que precisa mudar. Foucault está insatisfeito com seu
comportamento e pretende afastar-se da França, de Barraqué, e de sua
formação.
No rascunho do verso de Doença Mental e Psicologia escreve as
seguintes palavras: Existem três experiências vizinhas: o sonho, a embriaguez
e a insensatez e adiciono ”todas as propriedades” apolíneas em L’ origine de la
Tragedie .
Termina a batalha na Indochina. Três meses depois abre um curso de
“Fenomenologia e Psicologia”.
O historiador Dumézil indica Foucault como Diretor da Maison de
France. Um cargo disputado intelectualmente.
Em mil novecentos e cinquenta e cinco, Foucault destaca-se na
Educação Nacional, com temas estrangeiros. O posto de administrador de
relações culturais é de grande valor para a sociedade francesa. Foucault, adora
coordenar políticas culturais. A Maison de France valorizou-se com uma
presença continua na casa: Jean Cheristophe Oberg. Sua influência deu ínicio
a negociações entre EUA, URSS e Suécia.
Mil novecentos e cinquenta e seis : Foucault, envolve-se com a
biblioteca universitária de Upsala e abre curso sobre o Teatro Francês.
Foucault tem sede de conhecimento e mantém no seu ambiente de amizades
intelectuais do tempo de Faculdade e o historiador Dumézil por um longo
período de sua vida. É frequentador de laboratórios científicos e trabalha com
textos ligados a neuropsiquiatria.
Mil novecentos e cinquenta e sete : seu trabalho sobre a História da
Psiquiatria torna-se a História da Loucura e acaba sendo recusado pelo
professor Lindroth. Abre um curso se Literatura Francesa de Chateaubriand e
pensa em deixar Frankfurt.
Em Paris dedica-se aos arquivos nacionais e a biblioteca do Arsenal.
Jean Hyppolite faz a leitura da Loucura e Desrazão e o previne de que seria
melhor transformar o tema em tese, e submeter-se a Canguilhem
Mil novecentos e cinquenta e oito : Foucault pensa em morar em
Hamburgo. Em 30 de maio volta a Paris, para presenciar os movimentos
políticos.
Foucault tem por responsabilidade abrir o Centro de Civilização
Francesa. hospedado no hotel Bristol escreve Loucura e Desrazão.
O comandante De Gaulle estende a política e a diplomacia francesa na
Polônia que foi agregada militarmente no período de mil novecentos e
trinta.
Um grupo segue o embaixador Etienne Burin des Roziers, colega
próximo ao comandante. Foucault é o sucessor de Burin de Roziers no
Conselho cultural. Em dezembro envia um rascunho da Loucura e Desrazão,
de espessura considerável, para o temível Canguilhem, que permite: “Não faça
nenhuma alteração, é uma tese”
Em mil novecentos e ciquenta e nove, existe uma reciprocidade
entre Durin Des Roziers e Foucault que desenvolve ligações entre De Gaulle e
as instituições com a Argélia, são convicções diversas que se distinguem da
oposição francesa e se espalham pelas ruas: ”O fascismo não passará”.
Ocorre o falecimento do Dr. Paul Foucault no mês de setembro. No dia
1º do mês de outubro e parte para a Alemanha, deixa Varsóvia
para administrar o Instituto Francês de Hamburgo.,
Em mil novecentos e sessenta, escreve outra tese: Gênero e
Estrutura da Antropologia de Kant e traduz a Antropologia do Pragmatismo. Em
fevereiro, escreve Loucura e Desrazão já finalizando a obra. No mês de abril
Georges Canguilhem propõe a Jules Vuillemin, gerente da área de filosofia da
Academia Clermont-Ferrand, que indica-o mestre da congresso da Psicologia.
O que antecipa o lançamento da Loucura e Desrazão. Brice Parain, não aceita
o rascunho de Foucault. Philipe Aries na História dos Filhos e de sua Família
ou século XVIII transforma a Historiografia Francesa e aceita a coleção
”civilização e mentalidade, na edição Plon, com este título: Loucura e
Desrazão. História da loucura na Idade Clássica é lançado em maio de 1961.
Em outubro, na Universidade de Clermont-Ferrand, instala-se e conhece
Daniel Defert, que obteve o direito de entrar na Escola Normal Superior de
Saint Cloud, será seu companheiro até seu falecimento.
Foucault, começa uma vida peculiar na Academia Francesa, vivendo em
Paris e ensinando na província.
Em mil novecentos e sessenta e um, Foucault tem um período de
registros na Bibliolteca Nacional, onde era possível vê-lo trabalhando
diariamente.
No dia 20 de maio faz a apresentação de suas teses na Sorbonne:
Loucura e Desrazão.
A história da Loucura na Idade Clássica, tema fundamental narrado por
G. Canguilhem e D. Lagache, aclamada por historiadores como Robert
Mandrou e Fernand Braudel, colaboração essencial para a história das
mentalidades.
Maurice Blanchot relata: “Um livro de constantes repetições, quase
absurdo tema de doutorado, livro que causa impacto entre a academia e a
desrazão.
É designado como avaliador de concurso na academia onde Jean
Hyppolite, exerce a função de administrador.
Foucault batiza uma coleção radiofônica da France-Culture ( rádio ) a respeito de
“História da Loucura e Literatura, e prossegue até mil novecentos e
sessenta e três. Entrevistado pelo jornal Le Monde, a descrição feita pelo jornal
é de Gênio do século. Em novembro redige e finaliza, o tema “O nascimento da
Clínica e conclui com a História da Loucura. No ano de mil novecentos e
sessenta e dois escreve Loucura e Cultura e faz um resumo da História da
Loucura, uma reflexologia.
Em fevereiro é apresentado a Gilles Deleuze, que faz o lançamento de
Nietzsche e a filosofia. No dia dezoito de março encerra-se o combate na
Argélia. Sade e Bicha, modernos estrangeiros e similares deixaram como
característica no homem do ocidente a morte e sexualidade. São empíricas e
desviam-se do óbvio e carregam o poder de discutir numa cultura moderna o
aprofundamento do saber que mostraria o Homo Natura.
A obra traduzida de Husserl L’ origine de La geometrie, com exposição
de J. Derrida, tornou-se um pensamento de conhecimento parisiense.
Foucault, organizou o texto no período de mil novecentos e
cinquenta, fala da “importância desse texto tão decepcionante”, que deve
enraizar o conceito de arqueologia.
Escolhido mestre de psicologia na Academia de Clermond-Ferrand,
acaba sucedendo Jules Vuillemin na chefia da area de filosofia e na troca do
Collège de France, a Maurice Mearleau Ponty, que inesperadamente morre no
dia três de maio de mil novecentos e sessenta e um.
No mês de setembro sujeita o rascunho do nascimento da clínica ao
crivo de Althusser.
Mil novecentos e sessenta e três Roland Barthes e Michel Deguy
entram para um grupo de reflexões críticas para revista. De acordo com Jean
Piel, quem organizava a Revista era o cunhado de G. Bataille. A consolidação
de Foucault na revista ocorreu após a distribuição do livro: “As palavras e as
coisas” interrompido nos anos setenta.
Em uma palestra de quatro de março J. Derrida faz críticas às
Meditações de Descartes na História da loucura. O totalitarismo estruturalista
acusado por Derrida acerta Foucault, que tem por objetivo pensar a
arqueologia e o estruturalismo no modo como se diferem.
É feita a proposta do diretor do Instituto Francês de Tóquio, que
esperava há anos. No mês de outubro desiste de morar em Tóquio, para ficar ao
lado de Daniel Defert, que se empenha para ser mestre de filosofia. Foucault
coloca de lado a História da Loucura e investe na História da Psiquiatria Penal
e inicia um livro sobre “os signos”. O trabalho duro rompe com suas relações
sociais cotidianas.
No mês de novembro em um congresso em Lisboa, Foucault contempla
a arte de Bosch: A tentação de Santo Antão na Espanha. Daniel Defert
encontra-se longe de Foucault, pois suas obrigação militar os impede de
ficarem juntos. É lançado “Nos halls da estação de trem” um resumo da
História da Loucura, feita em coleção de bolso. Os intelectuais ficaram divididos
em relação a erudição a baixo preço. Uma edição que alcançou altos números
de vendagens e acabou sendo recusada pelo editor, Foucault interrompe seu
trabalho com a Plon. No dia dezoito de outubro Foucault realiza um curso com
o tema sexualidade. Entitulado mestre principal de aulas públicas nas
universidades de Saint Louis em Bruxelas, faz congresso sobre o tema
“Linguagem e Literatura”.
Passa um período na Tunísia. O livro redigido com o tema dos signos é
finalizado.
No ano de mil novecentos e sessenta e cinco, Foucault participa das
discussões sobre o tema de filosofia dirigido para radiotelevisão visando o
público de estudantes. Indicado para uma junta de reforma acadêmica
consolidada por Cristian Fochet.
Foucault angustia-se com o esboço de várias academias que são
diversificadas e totalmente sem recurso. O preparo de um esboço que discute,
essas academias, e de um modo complementar nessas regiões, indica o
Eliseu, lugar que Étienne Burin des Roziers foi reconduzido a secretário-geral.
Espalha-se a notícia de que Foucault será o sub-diretor das academias de
ciências humanas. Em quatro de abril escreve a “ Teoria Geral da Arqueologia”.
Uma apresentação que poderia ser feita no Collège de France em oposição ao
nome do Historiador G. Duby.
G. Canguilhem está admirado com o rascunho do “livro dos Signos",
corre a notícia que a falta de informações sobre sua vida particular é motivo de
causa e desistência pela direção acadêmica e falta de indicação para o cargo
superior.
Afetado com as indisposições criadas e opostas a sua indicação
Foucault viaja para Estocolmo. Apresenta-se para o cargo de psicólogo na
Sorbonne e renega perceber um ambiente descontrolado e hostil.
No mês de outubro é convidado por alunos para vir ao Brasil conhecer a
Universidade de São Paulo.
Mil novecentos e sessenta e seis divide com G. Deleuze o
comprometimento da edição francesa do livro ”As obras completas de
Nietzsche' fundamentadas por Colli e Montinari.
É distribuído “As palavras e as coisas; um método das ciências
humanas'. Foucault entrou em contato com Derrida e Althusser
Sua obra “Vigiar e Punir” é um estudo sobre a disciplina na sociedade
moderna que, para ele, é “uma técnica de produção de corpos dóceis”.
O filósofo acreditava que a prisão era uma forma de controle e
dominação da burguesia, que era usada para fragilizar os meios de cooperação
e solidariedade do proletariado. Criticava, ainda, a psiquiatria e a psicanálise
que, para ele, eram instrumentos de controle e dominação de ideologias.
Em uma entrevista afirma: quem tem um trabalho político a ser feito, não
importa se o comando é do leste ou do oeste passam seus produtos sob a
bandeira do humanismo.
Foucault, tem nova residência na Tunísia, lugar que oferecem a cadeira
de Filosofia. A intensidade de seu sucesso acaba afetando seu trabalho. Em
outubro foi desligado da academia para se manter por um período na Tunísia.
Mil novecentos e sessenta e sete, Foucault é um sucesso no meio
universitário, as classes estão sempre lotadas, esperando por ensinamentos do
mestre.
É distribuído a “História da Loucura”, escrita por David Cooper “Estudos
do Existêncialismo e Fenomenologia” uma série de R. D. Laing, que fora
dedicado a Biswanger. Uma publicação que obteve como conteúdo um artigo
de Lanig: "Sanidade e Doença -A invenção da doença”.
Nos países ingleses a História da Loucura, gira em direção da bandeira da
antipsiquiatria na Inglaterra.
Sempre requisitado e tolerando divergências na Sorbonne. Foucault
demonstra interesse em candidatar-se para a academia de Nanterre, onde é
eleito para a cátedra de psicologia. Doravante é indicado como avaliador na
Escola de Administração. Em junho ocorrem protestos em oposição à missão
diplomática dos E.U.A na Tunísia, por causa do Combate dos Seis Dias e em
oposição de símbolos.
Estudantes conscientes de sua cidadania aceitam Foucault,e observam
junções ligadas aos “sinocastristas”. O chefe de governo Borguiba é rápido em
instalar grampos na casa de Foucault.
Mil novecentos e sessenta e oito, estudantes protestam na Tunísia
para que aja liberdade de seus colegas. A polícia prendeu seus líderes.
Mil novecentos e setenta : é convidado pelos nova yorquinos para a
coordenação de estudos franceses na América do Norte. Ministra palestras sobre
Sade. Entra em contato com Olga Benol, que coordena a area de literatura
francesa, onde descreverá Deleuze. Dia dois de dezembro, Foucault inaugura
'
uma cátedra no Collège de France e após o seu discurso de apresentação: A
ordem do discurso" ministra aula sobre o Poder.
Mil novecentos e setenta e um : muda-se para Cartago e informa que
desenvolveu um grupo sobre prisioneiros no qual oferece sua residência como
localização. Daniel Defert reúne a esquerda proletária para verificar os
acontecimentos que dizem respeito ao ciclo penitenciário. Foucault concorda
com as operações realizadas.
Primeiro de maio: Foucault é denominado pela polícia como um agitador
e sofre agressão. Dia vinte, convida colegas da Tunísia para palestra no clube
chamado Tahas Hadad. Impõe suas idéias junto as autoridades, mas não foi
bem sucedido na ação.
Dia vinte e nove, um jornalista é acusado de ferir e atingir um policial.
Foucault pede a uma comissão que averigue os fatos. As consequências das
apurações são colocadas diante da imprensa.
Em agosto Foucault estuda a história do judiciário e faz leitura do jornal
Du Valiur. No dia dez, Foucault é comunicado que dois policiais agiram com
agressividade na Jordânia. Afrontado pelos manifestantes, Foucault entra em
contato com o defensor de adversários políticos iraniano.
É no ano de mil novecentos e oitenta e um que Foucault versa sobre
“A hermenêutica do sujeito”.
O ponto a ser explorado pode ser encontrado nos livros de Platão, com o
personagem Alcebíades. São perguntas atuais que colocam como tema o
cuidado de si, a política, a pedagogia e o conhecimento de si. Logo, Foucault
difere dos argumentos de Sócrates a Alcebíades com textos antigos de moral
estóica. Mil novecentos e setenta e um, os manifestantes de famílias
detentas protestam contra a represália. Foucault pesquisa ações violentas que
se diferenciam dos modelos de agitação entre jovens e idosos. Dia vinte e
nove, é assinado um acordo entre Foucault e Jean Marie, pela instituição de
defesa dos direitos dos detentos.
Mil novecentos e setenta e cinco, Foucault retoma o Seminário e
reduz investigadores sobre experiência de medicina legal na psiquiatria. Fala
sobre o tema periculosidade e trabalha com os arquivos de Charcot. No mês
de maio viaja a Califórnia a convite de Leo Bersoni, para assumir a
coordenação de literatura Francesa em Berkeley. Sobre “Discurso e
Repressão” e ”A sexualidade infantil antes de Freud”.
Dia doze, Foucault é convidado a falar sobre a mudança do código penal
e seus artigos referindo-se à sexualidade. Torna-se um militante ativo de
caminhadas de reflexão no Sindicato de Magistratura.
Abril de mil novecentos e setenta e oito, é coordenada uma
temporada para o conselho Cultural Francês. Thierry de Beaucé realiza
palestras na universidade de Artes em Tóquio tratando sobre o tema
"Sexualidade e Poder”.
Em mil novecentos e oitenta lança o curso com o tema “O Governo dos
Vivos” alterando a reflexão da verdade. Em mil novecentos e oitenta e um
convida para dar uma palestra no Collège de France, Fernando Henrique
Cardoso da Universidade de São Paulo, apresentando ”A emergência e
sociedades novas no terceiro mundo”.
Em mil novecentos e oitenta e dois, lança o curso com o tema “A
hermenêutica do sujeito”. Em julho supõe deixar o College de France e
apresentar seminários que faziam parte de seu dia a dia. A sinusite o ataca
constantemente. Dia nove de agosto, Foucault costumava frequentar um
restaurante judeu como forma de combater a fobia.
Em mil novecentos e oitenta e três, no mês de julho um dos
representantes do governo francês apresenta Foucault aos conflitos sociais e
do governo. O interesse esta em aproximar Foucault e o presidente.
Em mil novecentos e oitenta e quatro, morre Michel Foucault no mês
de junho. O mundo sente-se órfão de seu conhecimento e livros que não serão mais
escritos.
“ Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de
modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e os poderes que eles
trazem consigo.“
POR QUE A CURIOSIDADE PODE SER TÃO PERIGOSA?
-
A curiosidade, pra mim, é o sétimo sentido das crianças! Elas são
naturalmente curiosas e estão sempre explorando novas oportunidades.
Uma pesquisa na ...
Há 2 anos
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